Para a curadora da exposição, a artista plástica Eny Aliperti as obras de Suzana Guimarães tratam de situações corriqueiras, “o que permite um imediato diálogo com o público, causando uma sensação de reconhecimento e de cumplicidade” escreve a curadora no texto de apresentação da mostra. Eny ainda ressalta que as telas trazem uma nostalgia que arrebata e ao mesmo tempo incita a um questionamento. 

Todas as obras são inéditas e foram pintadas a partir de meados de 2012. As 11 telas de 2x2 metros e 40 aquarelas de variadas dimensões refletem a evolução da artista no trabalho com as cores e com suas emoções. “Suzana Guimarães apresenta em uma expressão autobiográfica sua criança, ainda viva, cheia de energia, esperanças e com uma alegria ainda preservada e resistente a todas as tempestades e obstáculos encontrados no decorrer da vida”, afirma Eny Aliperti. 

O trabalho de cores é elaborado em camadas, com uma fisicalidade marcante e que é resultado do desenvolvimento e pesquisa da artista desde suas produções anteriores. “A artista cria planos que servirão de pano de fundo para personagens que adotam posturas reflexivas, carregando memórias sensíveis, vivências ainda presentes, e aprendizado intensos. Sem traços definidos trazem em si a ideia de uma criança universal, que adquire uma dimensão coletiva compartilhada, nos incitando a extrapolar e nos permitindo voltar à infância e arriscar um olhar para dentro de nós mesmos”, avalia a curadora da exposição. 

Para Adelaide Silveira, proprietária da Adearte Galeria, e grande entusiasta da carreira de Suzana Guimarães, os trabalhos da artista são intuitivos e cheios de verdade interior. “Ela tem uma comunicação direta com o público. Sua personalidade carismática pode ser sentida também em seus quadros”, destaca Adelaide. 

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