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24/08/21

Mês de Combate ao Colesterol alerta para a necessidade de hábitos saudáveis

Todos os anos, milhões de pessoas morrem de infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral) em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças que, em muitos casos, podem ser prevenidas. E foi para chamar a atenção e conscientizar a população para esta necessidade que foi instituído, em 2003, o dia 8 de agosto como o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, uma das principais causas de doenças cardíacas e outras enfermidades graves.

A biomédica Tatiane Ferreira Petroni chama a atenção para a necessidade do controle dos índices de colesterol no sangue e explica o que é e como ele pode ser evitado. A professora do curso de Biomedicina do UniToledo esclarece que o colesterol é um tipo de lipídio, portanto uma gordura, que pode ser produzido no fígado e também adquirido com o consumo de alguns alimentos. 

- Apesar do  termo “combate ao colesterol” ser habitualmente usado, é preciso ressaltar que o colesterol é produzido pelas células e especialmente no fígado sendo essa fonte de colesterol denominada endógena e  está presente no nosso organismo como constituinte celular, presente na membrana plasmática, como precursor de hormônios esteroides, como por exemplo testosterona e progesterona; além de ser encontrado na composição dos ácidos biliares e da vitamina D. Então, é uma substancia essencial para o bom funcionamento do organismo, explica.

Tatiane salienta que como o colesterol é uma gordura, ele não consegue se dissolver no sangue para ser transportado até os nossos tecidos. Para que esse transporte seja feito, é necessário que ele se ligue a algumas proteínas que vão facilitar esse processo. A profissional explica que junção do colesterol e alguns outros lipídios com essas proteínas formam um complexo chamado lipoproteína. 

- Os principais grupos de lipoproteínas do plasma são o LDL (low density lipoproteins), também chamado de colesterol “ruim”, tem a função de transportar o colesterol do fígado até os tecidos, podendo contribuir para sua deposição nas paredes das artérias, consequentemente diminuindo o fluxo de sangue e aumentando o risco de ocorrência das doenças cardiocerebrovasculares (DCCV); o HDL (high density lipoproteins), conhecido como colesterol “bom”, faz o caminho contrário, transportando o colesterol dos vasos sanguíneos ao fígado para ser metabolizado, sendo seus altos índices portanto, associados a baixo risco cardíaco; e VLDL (very low density lipoproteins) são mais densas e com maior proporção de proteína  e são sintetizadas basicamente no fígado para exportação de triglicérides para os tecidos, comenta Tatiane.

A biomédica diz que existem ainda outros tipos menos famosos, como o IDL (lipoproteína intermediária formada depois que o VLDL já entregou o seu conteúdo para os tecidos) e o Quilomícron, que é uma lipoproteína responsável por favorecer a absorção das gorduras no intestino e direcioná-las para a corrente sanguínea, destaca.

A professora do UniToledo esclarece que o aumento nas taxas de colesterol normalmente não apresenta sintomas, dificultando que se perceba a alteração até que ela já esteja causando problemas por se depositar no sistema circulatório, mas os sinais de alerta incluem cansaço, falta de ar e dores de cabeça, que são sintomas bastante inespecíficos. 

- Considerando que as dislipidemias são caracterizadas pelos níveis alterados de lipídios no sangue; e que níveis elevados destes propiciam a formação de placas de gorduras nas artérias com obstrução parcial ou total do fluxo sanguíneo no coração e cérebro; torna-se de extrema importância a avaliação periódica dos índices lipídicos. Obstruções de vasos no coração podem levar a palpitações, dores no peito e dormência; assim como sintomas de depósito nos vasos cerebrais, com episódios de paralisia, perda da fala e sonolência. A alteração de colesterol sérico pode ser controlada por meio da alimentação com a redução do consumo de gorduras saturadas e trans e com a prática de exercício, visto que durante a atividade física, enzimas especializadas para atuarem na gordura serão acionadas para gerar energia (ATP) reduzindo assim o colesterol LDL e aumentando o colesterol HDL,  encerra.

Conheça os alimentos campeões no auxílio à redução do colesterol ruim

A biomédica acrescenta que para manter o colesterol controlado não tem mistério. 

- O combo atividade física aliada à boa alimentação é sempre o melhor caminho. O exercício físico reduz o LDL por meio do seu uso para a geração de energia, sobrando mais HDL, e também induz a produção de substância chamadas lipases, que diminuem os depósitos de gorduras acumulados nos vasos. E uma dieta que priorize alimentos ricos em fibras irá ajudar a reduzir a absorção intestinal de gordura, afirma Tatiane. 

A nutricionista Adriane Lemos, professora do curso de Nutrição do UniToledo, concorda, e destaca que a elevação do colesterol ruim, o LDL, está associada a um estilo de vida inadequado, que envolve sedentarismo, tabagismo, o consumo excessivo de álcool e o estresse.

- As alterações dos níveis do colesterol estão relacionadas à nossa alimentação. Algumas medidas simples podem ajudar a reduzir excesso do LDL . Evitar o consumo de alimentos industrializados, gordurosos, frituras e alimentos ricos em colesterol, principalmente os de origem animal como por exemplo: ovos, bacon, frios e embutidos e os fast food. Devem ser evitados também os alimentos ricos em gorduras trans como salgadinhos, biscoitos, sorvetes, chocolates, etc, conta Adriane.

Mas, se por um lado existem os vilões da alimentação, em contrapartida, a nutricionista explica que existem alguns alimentos que podem ser considerados campeões no auxílio à redução do LDL.

- O consumo de fibras, presentes em cereais integrais frutas e vegetais e alimentos ricos em ômega 3, como sardinha, bacalhau e atum ajudam a diminuir os níveis de colesterol ruim LDL.  Alimentação equilibrada aliados a práticas de hábitos de vida saudável como pratica de atividade física contribuem para a redução dos níveis elevados de colesterol. Também é importante seguir as orientações médica e do profissional nutricionista. 

A professora do UniToledo orienta ainda a substituição do leite integral e queijos amarelos pelas versões menos gordurosas, assim como manter o equilíbrio na alimentação incluindo peixes e evitando excessivo consumo de carne vermelha.

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